Novos medicamentos que inibem a formação de vasos sanguíneos parecem promissores no que se refere a tumores neuroendócrinos que são geralmente bem irrigados. Há primeiros relatos de um pequeno estudo sobre bevacizumabe, um anticorpo que neutraliza o fator de crescimento endotelial vascular (FCEV) e que, administrado em combinação com octreotide, revelou-se superior ao tratamento combinado de interferona e octreotide.

O FCEV também pode ser inibido por meio de medicamentos disponíveis em forma de comprimido. Sunitinibe é um destes medicamentos. Um estudo de fase III controlado, em que segurança e eficácia do sunitinibe foram examinadas, foi interrompido prematuramente em 2009 quando uma avaliação preliminar havia revelado uma vantagem significativa quanto à sobrevida (livre de progressão) de pacientes portadores de tumores pancreáticos neuroendócrinos tendo tomado diariamente um comprimido de sunitinibe. Espera-se que a aprovação deste medicamento para tratamento deste grupo de pacientes ocorra em 2011.

Um grupo de medicamentos novos e fascinantes são os chamados inibidores de mTOR. mTOR é uma proteína de grande importância, existente no interior de células, que controla tanto crescimento quanto morte de células tumorais. Inibidores de mTOR, como por exemplo o everolimus, estão sendo atualmente examinados quanto a sua eficácia no tratamento de tumores neuroendócrinos. Primeiros estudos clínicos já revelaram a eficácia antitumoral do everolimus no tratamento tanto de carcinoides do intestino delgado quanto de tumores pancreáticos das ilhotas de Langerhans. Nestes estudos, everolimus é geralmente investigado em combinação com o medicamento de efeito prolongado à base de octreotide. Espera-se que os resultados definitivos sobre a eficácia do everolimus sejam publicados em 2010 e 2011.

Recentemente (em 2010), um estudo de fase III controlado (chamado estudo RADIANT-3), examinando segurança e eficácia do everolimus, revelou uma vantagem significativa quanto à sobrevida (livre de progressão) de pacientes portadores de tumores pancreáticos neuroendócrinos tendo tomado diariamente um comprimido de everolimus. Espera-se que a aprovação deste medicamento para tratamento deste grupo de pacientes ocorra em 2011.


Figura 14:
Sinopse dos atuais estudos de fase II sobre novas de medicamentosas de carcinoides do intestino delgado e tumores pancreáticos das ilhotas de Langerhans

Figura 14

Modificado segundo Kulke & Scherübl, Gastroint Cancer Res 2009; 5: 62-66.


Figura 15:
Sinopse dos atuais estudos de fase II sobre novas terapias medicamentosas de carcinoides do intestino delgado e tumores pancreáticos das ilhotas de Langerhans

Figura 15

Modificado segundo Kulke & Scherübl, Gastroint Cancer Res 2009; 5: 62-66.



 


Prof. Dr. med. Hans Scherübl

Médico Especialista

Prof. Dr. med. Hans Scherübl
Clínica Vivantes Am Urban
Hospital-Escola Universitário da Charité em Berlin
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